sexta-feira, 17 de maio de 2013

Willan & Rudy: Pequenos talentos, futuros grandes “mestres” da música crioula


Willan & Rudy: Pequenos talentos, futuros grandes “mestres” da música crioula
Rudy Jimmy e Willian Baptista têm em comum o sonho de um dia serem mestres da música cabo-verdiana. Rudy, 13 anos, nasceu na Holanda e Willian, 12, é natural de São Vicente. Talento é o que não falta a esses dois miúdos que também partilham uma amizade sem limites. Tocam com mestria todos os instrumentos de cordas - guitarra, baixo, cavaquinho, violino – para além de mostrarem grande à-vontade com a gaita e o piano.
Conheceram-se na Orquestra Infantil Sabe Sebim e já se apresentaram em shows por diversos palcos da ilha de São Vicente. Rudy, o codé dos cinco filhos do cantor Rui Last One, encontrou a música no lar onde nasceu. “Ofereci uma guitarra ao Rudy na Holanda, quando ele tinha seis anos. Ele olhou para o instrumento e colocou-o de lado. Só aos oito anos, quando chegou a São Vicente, voltou a pedir-me a guitarra. Queria aprender a tocar”, conta o pai.
Hoje, com a sua guitarra ou qualquer outro instrumento, Rudy percorre os ritmos do mundo. Morna, reggae, coladeira, country ou jazz, o rapazinho toca como gente graúda, e inspira-se nos grandes nomes da música internacional. “Gosto do Elvis Presley, do Michael Jackson, do Eric Clapton e do Bruno Mars. São artistas que fizeram história na música mundial, sabem cantar e dançar e as suas músicas transmitem boas mensagens”. É assim que o pequeno artista comenta, como gente grande, as suas preferências musicais.
Já Willian descobriu sozinho o gosto pela música. “Tinha um vizinho que vendia guitarras em sua casa. Por curiosidade ia lá mexer nos instrumentos, criei o gosto e comecei a aprender. Quando fomos morar na zona de Fernando Pó, convenci os meus pais a inscreverem-me na Orquestra Sabe Sebim”, conta Willian, que sempre encontrou nos pais os maiores incentivadores para essa vida de arte.
Tito Paris, Paulino Vieira e Luiz Baptista são as referências deste pequeno talento. Mas também guarda na memória duas vozes da música cabo-verdiana – Cesária Évora e Ildo Lobo. “Conheci a Cize, mas não pude conhecer o Ildo Lobo. Apesar disso, sempre que a sua música passa nas rádios ou na TV sento-me bem quieto para escutar e apreciar a sua grande voz”, remata Willian.
Carina David


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